quarta-feira, março 26, 2008

Onde é a estrada certa?

Quase 6 anos e meio depois constato mais uma vez o óbvio, desde sempre.
Não há trabalho, nem trauma, nem cansaço... que justifiquem o desinteresse de estar com alguém que te deseja e que te quer.

Há certamente muita persistência, minha, muita esperança vã... e se calhar até fé num milagre que jamais vai acontecer.

Gostava de saber como desligar.
Gostava de saber como esquecer.
Gostava de saber não ser assim.

Com o passar do tempo, com os anos, a única coisa que obtive foi mais consciência dessas minhas fraquezas. Da minha incapacidade de dizer basta!, de pôr um ponto final numa história que não existiu.

Mas também a consciência de que nada faz sentido sem as pessoas vem com o tempo, e por isso não consigo e não posso desistir.

Mais uma vez não sei o que fazer. Mais uma vez a mesma encruzilhada.

Não quero continuar a deixar que me magoes com uma ausência tão crónica e tão característica, mas é muito difícil parar e fazer-te parar.

Provavelmente não vai ser esta a última vez.
Ou talvez seja...
Antes havia um ponto de encontro, uma razão para estarmos juntos ainda que só pelo tempo necessário.
E agora?
Ainda existe essa razão? Essa força de atracção também morreu?

Onde é a estrada certa?
Não estará já na hora de a encontrar?