
Louquidão estava em loucura. A loucura que tenho sentido nos últimos tempos e que me faz chorar e rir e escrever e amar cada um dos meus novos velhos amigos!
Louquidão está no calor da voz que me prendeu e não me soltou desde aquele Outubro distante...
Louquidão é força harmoniosa. É a força do violoncelo baixo, sempre presente a sussurrar, e a harmonia do piano e do violino que te prendeu.
Louquidão é riso e gargalhada do brincalhão que tem sempre qualquer coisa para te dizer e animar.
Louquidão tem vida, mas também tem o lado negro da escuridão que surge na mente a cada tropeço, a cada percalço, a cada fracasso.
Louquidão é como o mar imenso, como se não tivesse fim; vai durar para sempre como o Sol!
Louquidão também é silêncio. Silêncio de palavras pensadas. Pensamentos que tivemos juntos, mas que não partilhámos nem ao som do piano.
Louquidão seria cumprir as promessas feitas, as ameaças escritas, porque não mais estaríamos em louquidão.
Louquidão é para mim, hoje, a vida que passou silenciosa e invisível e que só agora senti.
Louquidão é a necessidade sôfrega de vos absorver para recuperar o que não vivemos juntos.
Louquidão é o desejo de vos abraçar a todos e a cada um.
Louquidão é o abraço que te devo e por que anseio desde o primeiro dia.
Louquidão é a sensação mais fantástica que senti na vida e que aumenta a cada instante.
Louquidão é o escorrer das lágrimas que não consigo conter quando penso no que éramos e no que nos tornámos.
No fundo, louquidão são todas as palavras que vagueiam na minha alma à procura do momento certo para serem ditas.
Louquidão é o que de melhor me aconteceu nos últimos tempos!
(13 de Fevereiro de 2008)